Presidente participou de desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios em comemoração do Dia da Independência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o desfile desta quinta-feira (7) na Esplanada dos Ministérios em comemoração do Dia da Independência foi um “show de democracia, soberania e união”.
“Feliz de assistir a um desfile de 7 de Setembro tão bonito como o de hoje. Show de democracia, soberania e união. Um bom feriado de Independência a todos. Viva o Brasil”, escreveu Lula em uma rede social.
Durante o evento, Lula optou por não discursar. A cerimônia desta quinta foi enxuta, com duração de duas horas, e não foi palco de manifestações contrárias nem violentas.
O objetivo do governo federal foi despolitizar a festa, que teve como slogan “Democracia, Soberania e União”.
Em pronunciamento nas redes de rádio e televisão na quarta-feira (6), Lula afirmou que o dia não seria “nem de ódio nem de medo e, sim, de união”.
“Podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo”, afirmou o presidente no pronunciamento.
Durante o evento, após o desfile em carro aberto, o presidente se sentou ao lado de Janja e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Também estavam próximos do chefe de Estado os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A tribuna foi ainda ocupada por ministros do governo, autoridades militares e pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Neste ano, a comemoração tem como pano de fundo uma disputa política. Enquanto o presidente e o entorno político dele sustentam um momento “de todos” os brasileiros, a oposição pediu aos apoiadores que ficassem em casa com o objetivo de esvaziar a festa organizada pela gestão petista. A data da Independência do Brasil ficou marcada na gestão de Jair Bolsonaro (PL) como um símbolo dos apoiadores dele.
Durante a semana, Lula disse que o objetivo seria, “com a participação do Exército, Marinha e Aeronáutica, fazer um 7 de Setembro de todos”. “É do militar, do professor, do médico, do dentista, do advogado, do vendedor de cachorro-quente, do pequeno e médio empreendedor. É uma festa importante do país que conquistou a soberania dos colonizadores”, disse. O momento também busca estreitar a imagem de Lula com as Forças Armadas.
Na outra ponta, o tom da oposição é de descontentamento com as Forças Armadas. O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que os militares “hoje fazem continência para bandido, junto com o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], junto com a CUT [Central Única dos Trabalhadores], dando continência para bandido, para ex-presidiário”. A fala ocorreu em sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, quando o senador disse que “o próximo 7 de Setembro vai ser o nosso fique em casa”.
Fonte: R7